14 de jul. de 2010

Oxegen 2010


Último final de semana rolou a Oxegen Festival 2010 (08/07 a 11/07), o maior festival de música da Europa. Com 6 palcos, mais de 80.000 pessoas acampadas, inúmeras atrações, muita chuva e barro, nós humildes brasileiros fomos trabalhar no festival na higiene.

O trabalho era pegar latinhas no chão durante o festival e finalizando 5 dias após o termino da festa, pois o local onde foi realizado é muito grande. Pelo que escutamos das ultimas versões da festa, trabalha-se muito mas acha-se muita coisa no chão da festa, tais como celulares, câmeras, dinheiro etc...

Embarcamos para a festa na quinta-feira (08/07) para acampar e teríamos que voltar no dia 16/07. Na ida todo mundo sorrindo, bem alegre por participar de um evento como este. Chegando no local nos espantamos pela grandeza do evento. Realmente muito bem organizado. O que não era organizado era a empresa que nos contratou.




Na sexta-feira acordamos 5:30 da manhã para começar a trabalhar, e para o espanto, acordamos cedo pra nada (já não dormimos legal porque não levamos colchão de ar, um simples saco de dormi era mesma coisa que nada) pois nosso turno começou somente as 11horas da manha. Ficamos sentados, na chuva esperando o turno começar e nenhum dos supervisores falavam nada.

Depois de 6 horas de trabalho duro e andando na chuva, voltamos para nosso humilde camping, no qual bebemos um pouco e fomos aproveitar alguns shows. Deu para ver uma parte do show do Fat Boy Slin, David Guetta e Good Frapp. 










No sábado acordamos cedo novamente, querendo dormi mais um pouco, mas tínhamos que trabalhar. Nosso supervisor(Romeno) do dia anterior não gostava de Brasileiros em sua turma, já que eram somente 6 brasileiros e 20 romenos, então não se preocupou como os outros supervisores em nos chamar e foi para o campo mais cedo, ou seja, acordamos cedo novamente atoa, e quando falaram que nosso turno seria o da noite (das 21:00 as 8:00) chutamos o balde e fomos embora pra Dublin. Não durou muito nossa experiência nesse festival, rs...

Abaixo segue um texto do Pedro Perassi que resumidamente escreveu sobre essa experiência única(nunca mais iremos entrar em outra fria como essa) minha, da Lili, do Celsim e Lívia (nossos vizinhos de Uberaba).

O irlandês voador em: perspectiva de um dejeto
por Pedro Perassi
*história baseada em fatos reais




"Saindo de Dublin em um ônibus para trabalhar em um festival de música, o nosso herói misturava ansiedade com o clima de excursão para colônia de férias. Mesmo ciente que estava indo para trabalhar na higiene e que suas acomodações não seriam de primeira classe, a sensação era de um bando de jovens saindo de férias, mesmo que no fundo o medo começasse a aparecer.


Na chegada, uma palestra com noções básicas de como se abaixar sem forçar as costas e como evitar se cortar com cacos de vidro. Em seguida, montaram barracas em um estábulo, jantaram e ficaram jogando poker, usando britas como fichas.

 

Na manhã de sexta, mais de 100 soldados esperando ordens das 6 às 10 da manhã, quando começaram de fato o trabalho. Luva, colete e saco de lixo na mãos. O brasileiro se tornou um cleanner, como era chamado aos gritos por grupos de participantes do evento. “Ei, venha pegar nossas latinhas”, diziam antes de espalhar as latas aos chutes, com a intenção de dificultar o trabalho.



O sonho de uma viagem de férias foi dando lugar à dor por todo o corpo. Quando chamaram para o almoço, duas horas da tarde, o cansaço já predominava. Recebeu uma sacolinha com um lanche. Com o corpo encharcado pela chuva fina e dolorido por conta das intermináveis sessões de agachamento, devorou o almoço e partiu para a segunda etapa de sua missão, que duraria até as 17 horas.

Ao fim do dia, banho, jantar no refeitório, ainda tentou aproveitar um pouco do festival, mas o esgotamento impedia. Voltou com seus companheiros para o estábulo e desmaiou na barraca. Após a noite de sono, o brazuca não conseguia se mover e acabou ficando na barraca. O festival deveria durar 8 dias, mas a capacidade física de nosso herói falou mais alto, fazendo-o abandonar o barco na tarde de sábado, retornando para Dublin com muita dor e pouco dinheiro, mas com uma
nova experiência de vida. Conhecendo a perspectiva de um dejeto."









É engraçada a história para quem lê, para os protagonistas nem tanto né, rssss.
Abraços e até o próximo post.

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